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Na mídia: STJ publica acórdão que decidiu que defensor público não precisa ter OAB

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A questão de pessoas em situação de rua não é algo recente em nossa história, por Antonio Barbosa e Cinthia Azevedo

Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Em recente reportagem veiculada em meio virtual, na sexta-feira, dia 27 de julho, abordou-se o tema das pessoas em situação de rua que vivem no centro da capital paranaense.

Todos os entrevistados, que preferiram não se identificar, apontaram para a existência dessas pessoas como um ‘problema’. E o que é mais sintomático: um problema cuja causa é atribuída à própria pessoa que se encontra nessa situação.

De plano é necessário observar que antes de constituírem um objeto-problema sobre o qual se reclama uma pronta atuação do Poder Público (no caso, uma retirada forçada), essas pessoas são sujeitos de direitos. Mas de quais direitos? De todos, dos mesmos direitos daqueles que leem essa matéria e que eventualmente a comentarão. Inclusive do direito à livre circulação.

A Constituição Federal, em seu art. 5º, XV, assegura a todos o direito de ir, vir e permanecer, sendo arbitrária qualquer forma de restrição sem respaldo legal.

Importa frisar que assegurar a observância desse direito constitucional não constitui uma exortação a viver nas ruas que, inclusive, constitui uma situação de extrema vulnerabilidade.  

Aliás, neste ponto, o que passa desapercebido pelo senso comum é que estar em situação de rua é estar exposto às mais variáveis formas de violação de direitos: essas pessoas estão suscetíveis a serem violentadas; a terem seus pertences retirados (pois, sim, quem está nas ruas também possui documentos e objetos pessoais); a não possuir privacidade, nem moradia; não ter alimento quando necessita; e talvez uma das mais graves que talvez seja a responsável desencadeamento de todas as demais violações: o de não ser enxergado como um cidadão igual aos demais.

Os gestores de políticas públicas (e também a própria sociedade civil), ao se debruçarem sobre o tema, devem ter a noção de que há uma multiplicidade de fatores que levam uma pessoa a ir para as ruas, não existindo um único fator. Assim como também não há uma única razão que faz com essa pessoa permaneça em situação de rua.

Assim, pretender que um único modelo pré-estabelecido de política pública assistencial dê conta da complexidade desta situação é desafiar a razão.

Nesse ponto, países como Espanha e Portugal possuem cidades que investem em um novo modelo para auxiliar a população de rua a superar sua situação de vulnerabilidade, através do programa housing first (moradia primeiro), que, em rápida síntese, consiste em um atendimento individualizado (atento à particularidades da pessoa) a partir do acesso à moradia (que não significa dar a propriedade), mas viabilizar o acesso a um teto com condições mínimas de dignidade e com o devido respeito à privacidade. Em Lisboa, por exemplo, reduziu-se em 50% o número de pessoas que moravam nas ruas.

No Brasil, as pessoas que estão nas ruas (pelas mais variadas causas) sequer são identificadas (vistas) pelo Censo-IBGE, já que este adota como critério a base domiciliar dos recenseados. A ausência de dados quantitativos e qualitativos acerca dessa população dificulta a elaboração de políticas públicas eficazes para a superação das situações de vulnerabilidade.

Em Curitiba, apenas em 2008, o Ministério do Desenvolvimento Social estimava a existência de 2.776 pessoas em situação de rua. Em 2016, houve a realização de um estudo pela FAS (Fundação de Ação Social) que estimou o número de 1.715 pessoas. Contudo, acredita-se difícil que tal número tenha decaído se considerarmos que de 2008 para 2015 houve a indicação de um aumento de aproximadamente 50.000 pessoas em situação de rua no Brasil (dados do MDS) para aproximadamente 100.000 em 2015 (dados do IPEA). Isso sem mencionar a crise econômica pela qual o país passa. Os dados são estimativas, não sendo um estudo como o realizado pelo IBGE.

Além disso, o que ainda é necessário pontuar, é que aos múltiplos fatores e circunstancias da vida de cada pessoa que possam ter impulsionado à sua vinda para a rua, deve ser somada as desigualdades socioeconômicas, que também se apresentam como grande obstáculo para superação das desigualdades. 

Tais breves observações são (ou deveriam ser) suficientes para afastar a equivocada concepção de que as pessoas vão para ou permanecem nas ruas e recusam auxílio porque querem.

Aliás, quanto a este ponto, se há recusas quanto à adesão dos serviços ofertados, faz-se necessário avaliar os produtos oferecidos e replanejar estratégias.

É claro que pode haver cidadãos que até optem por viver nas ruas. E nisso não há nenhum crime. Contudo, a generalização é perigosa.

Conceber como livre escolha do indivíduo permanecer na rua, sem moradia, sem privacidade, sujeito à violência, sem acesso à transporte, banheiro, refeição, auxílio médico, inclusive estar sujeito à morte, talvez nos alivie a consciência, mas certamente não diminui nossa responsabilidade enquanto sociedade. E isso é um sério problema. 

A Defensoria Pública do Paraná, por intermédio do Núcleo de Cidadania e Direitos Humanos, acompanha as pautas da população em situação de rua buscando sempre o cumprimento dos mandamentos constitucionais e dos direitos dos cidadãos.

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Barbearia Clube oferece vale presente com desconto para o Dia dos Pais

A Barbearia Clube está oferecendo 10% de desconto, para os associados a Adepar (Associação dos Defensores Públicos do Paraná), no vale presente para o Dia dos Pais e em todos os serviços do estabelecimento. 

O local conta com massagens relaxantes, cortes de cabelo e barba, tratamentos faciais, cuidados com as mãos e pés e dia do noivo.

A Barbearia está localizada em três endereços:
Água Verde
Avenida Água Verde, 373
(41) 3333-3961

Mercês
Rua Jacarezinho, 21 com Cândido Hartmann
(41) 3014- 9413

Centro Cívico
Rua Mateus Leme, 1850 – Loja 1/Junto ao estacionamento do novo Festval
(41) 3013 6886

Para mais informações, acesse: barbeariaclube.com.br

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Novo benefício: Jusprev, para planos de previdência

Os associados à Adepar (Associação dos Defensores Públicos do Paraná) agora contam com mais uma vantagem: assistência para administrar e executar planos de previdência.

Isto porque a associação passou a fazer parte das mais de 70 associações instituidoras que compõem a Jusprev (Previdência Associativa do Ministério Público, da Justiça Brasileira e dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil).

A Jusprev oferece benefícios como renda mensal programada, educacional, por morte e invalidez. Como é uma instituição sem fins lucrativos, a rentabilidade líquida é repassada integralmente aos participantes.

Agende uma consultoria e saiba qual a melhor alternativa para você. Entre em contato através do e-mail: consultoria@jusprev.org.br ou pelo telefone (41) 3252-3400.

Mais informações: www.jusprev.com.br

Dúvidas ou gostaria de sugerir um convênio novo?
Escreva para: adepardiretoria@gmail.com

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Vestibular UniCuritiba: descontos para associados à Adepar e seus dependentes

Inscreva-se no vestibular de inverno agendado da UniCuritiba e garanta até 10% de desconto, a partir da segunda mensalidade, nos cursos de graduação (exceto Direito). O desconto pode ser utilizado pelos associados à Adepar (Associação dos Defensores Públicos do Paraná) e seus dependentes de 1º grau.

O benefício também é válido para os cursos de pós-graduação, como, por exemplo, “Direito Administrativo”, “Mediação e Arbitragem” e “Direito de Família”. Para a pós, não é necessário prestar o vestibular.

O processo seletivo para graduação pode ser agendado através do site www.unicuritiba.edu.br até o dia 7 de agosto. As provas acontecem toda terça-feira.

Para mais informações sobre os cursos ofertados, clique aqui.

A Unicuritiba fica na Rua Chile, 1678, no bairro Rebouças, em Curitiba.

Dúvidas? Ligue para (41) 3213-8700.

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Defensores do Paraná marcam presença no 1º Encontro das Defensoras e dos Defensores Públicos da Região Sul

Representando o Paraná, o vice-presidente da Adepar (Associação dos Defensores Públicos do Paraná), Ricardo Padoim, o Defensor Público-Geral, Eduardo Abraão, e os Defensores Marcelo Diniz, Lígia Buarque de Gusmão, Luciana Tramujas e Thatiane Chiapetti participaram do 1º Encontro das Defensoras e dos Defensores Públicos da Região Sul.

O evento aconteceu no Hotel Novotel Três Figueiras, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, nos dias 26 e 27 de julho.

A Defensora Luciana Tramujas, a vice-presidente institucional da Anadep, Thaísa Oliveira, o vice-presidente da Adepar, Ricardo Padoim, o Defensor Marcelo Diniz e a Defensora Lígia Buarque de Gusmão

O objetivo do Encontro foi reunir Defensoras e Defensores Públicos para participarem de atividades e debaterem as demandas da região Sul do país.

Dentre os palestrantes estava o Defensor Público do Paraná e coordenador do NUDIJ (Núcleo Especializado da Infância e Juventude), Marcelo Diniz, que abordou os desafios da Defensoria na garantia do acesso à educação.

“Procurei trazer algumas questões que estamos enfrentando no núcleo com relação à educação. A Defensoria discute pouco sobre o tema de uma forma geral, por isso, é necessário um debate mais amplo sobre o assunto, que demanda uma atuação institucional não somente individual mas coletiva” contou Marcelo.

O Defensor Público do Paraná Marcelo Diniz

Opinião dos participantes do Paraná

“Destaco a importância do Encontro para auxiliar os Defensores a encontrarem soluções que ajudem os assistidos da Defensoria, mesmo diante das dificuldades de um sistema legal que não foi pensado para resolver os problemas deles. Desejo que esse seja o primeiro de muitos eventos regionais para fortalecer cada vez mais o nosso trabalho e de todas as Defensorias”.
Ricardo Padoim, vice-presidente da Adepar.

“O Encontro proporcionou a integração entre as Defensorias do Sul do país. A partir das apresentações, palestras e debates, os nossos profissionais do Paraná transmitem e adquirem conhecimento, além de discutirem boas práticas que poderão ser implementadas para melhorar os serviços prestados à população dos três Estados”.
Eduardo Abraão, Defensor Público-Geral.

“Participar de eventos como esse é importante para trocar experiências com Defensores e Defensoras de outros Estados, refletindo e aprimorando o nosso trabalho. Ainda, conhecer as estruturas de outras instituições permite reconhecer nossos avanços, bem como entender os possíveis novos caminhos para fortalecer a Defensoria”.
Luciana Tramujas, Defensora Pública do Paraná.

“Com temáticas atuais, as palestras e os debates trouxeram soluções para casos práticos que nos deparamos diariamente. O Encontro foi uma oportunidade única de aprendizado e de aperfeiçoamento do nosso trabalho na Defensoria do Paraná”.
Thatiane Chiapetti, Defensora Pública do Paraná.

“Espero que o Encontro sirva de inspiração para que os Defensores possam se reunir com mais frequência. Todo conteúdo apresentado foi enriquecedor e, com certeza, irá agregar no desenvolvimento de trabalhos e de projetos futuros”.
Marcelo Diniz, Defensor Público do Paraná.

O presidente da Associação dos Defensores Públicos de Santa Catarina, Edison Schmitt, a presidente da Associação dos Defensores Públicos do Rio Grande do Sul, Juliana Lavigne, e o vice-presidente da Adepar, Ricardo Padoim

Palestras do evento

Custos vulnerabilis – Maurílio Casas Maia (AM)
Atuação dos Defensores Públicos Interamericanos – Antônio Mafezzoli (SP)
Prisão Domiciliar: com ou sem monitoramento eletrônico – Naira Sanches (RS)
Teses de defesa em casos de organizações criminosas – Fernanda Mambrini (SC)
Desafios da atuação da Defensoria na garantia do acesso à educação – Marcelo Diniz (PR)
Afetos e vulnerabilidades no direito de família e infância – Elisa Cruz (RJ)
Defensoria Pública como instrumento de efetivação dos direitos da pessoa com deficiência – Luis Renato Braga (MG)
Direito de resistência – Alessandra Quines (RS)

Confira mais fotos do evento 

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