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Por dentro da Adepar: entrevista com a diretora Renata Tsukada

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Natural da cidade de São Caetano do Sul, em São Paulo, a entrevistada de hoje é a diretora de assuntos do interior da Adepar  (Associação dos Defensores Públicos do Paraná), Renata Tsukada.

Renata se formou na Instituição Toledo de Ensino-Bauru, em 2008, e começou a atuar como Defensora Pública do Paraná em 2013.

Adepar – Conte um pouco sobre outras experiências profissionais suas até se tornar Defensora Pública do Paraná.

Renata Tsukada – Iniciei, em 2006, como estagiária do Ministério Público do Estado de São Paulo, em 2008 fui estagiária da Defensoria Pública de São Paulo e por fim, no ano de 2010 fui nomeada analista de promotoria do Ministério Público do Estado de São Paulo.

Adepar – Quando surgiu o interesse em ser Defensora?

Renata Tsukada – Eu entrei na faculdade de direito pensando em seguir carreira na magistratura, na minha concepção só os juízes poderiam proporcionar justiça para as pessoas. Durante o curso e o estágio no Ministério Público percebi durante os atendimentos que fazíamos na Promotoria de Justiça (sempre encaminhávamos as partes para Defensoria) que a Defensoria Pública era a instituição responsável por proporcionar justiça aos necessitados. Desde então, direcionei os estudos para Defensoria Pública e não me imaginava mais em outra carreira.

Adepar – O que a profissão significa para você?

Renata Tsukada – Ser Defensora Pública é a realização de um sonho. Não me vejo fazendo outra coisa na vida. Aliás, a Defensoria Pública é a minha vida, uma vida voltada para que os excluídos possam ser ouvidos. Saber que podemos transformar a vida de alguém me traz muita satisfação e alegria.

Adepar – Sobre a sua relação com a Adepar, como começou e por que você decidiu fazer parte da diretoria?

Renata Tsukada –  Estou lotada no interior desde a minha chegada ao Paraná em 2013, sei de todas as dificuldades que passamos aqui, por isso decidi fazer parte da diretoria e proporcionar voz aos demais colegas lotados no interior.

Adepar – Em Londrina, a Defensoria tem um projeto bem bacana de apoio a sentenciados que já beneficiou inúmeras famílias. Qual a importância de projetos como esse para o trabalho dos Defensores?

Renata Tsukada – Os projetos possibilitam que o trabalho do Defensor Público atinja um maior número de usuários da Defensoria Pública, demonstrando que a atuação da Defensoria não se dá apenas no plano processual, mas engloba também educação em direitos e o empoderamento dos usuários.

 

Adepar entrevista: a Defensora Pública e ex-presidente da Anadep Patrícia Kettermann

A Defensora Patrícia Kettermann
A Defensora Pública Patrícia Kettermann

Hoje, a entrevistada é a Defensora Pública do Rio Grande do Sul e ex-presidente da Anadep (Associação Nacional dos Defensores Públicos), Patrícia Kettermann.

Patrícia atua como Defensora Pública desde 2002 e coordenou o Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul. Presidiu a associação nacional durante a gestão 2013-2015.

Adepar – Uma vez por mês as associações de Defensores se reúnem com a Anadep, em Brasília, para debater assuntos importantes. Na sua opinião, qual a importância desse diálogo entre as entidades de diferentes Estados?

Patrícia Kettermann – É essencial para que todos possam conhecer as mais diversas realidades e, sobretudo, para que articulem soluções e busquem tratamento isonômico para todas e todos os colegas. Além disso, há questões nacionais relevantes a serem enfrentadas que demandam a atuação forte e comprometida de todos os estados, razão pela qual a presença e o diálogo são fundamentais.

Adepar – A Adepar é uma instituição nova e que não mede esforços para lutar em prol dos Defensores. Diante disso, a senhora acredita que a presença de uma entidade como a Adepar é essencial para o fortalecimento da nossa classe?

Patrícia Kettermann – A Adepar é um exemplo de atuação local e nacional. Em que pese sua juventude, desde os primeiros momentos demonstrou uma maturidade político-institucional tão evidente que se credenciou a estar na “linha de frente” das grandes discussões/soluções nacionais. Foi justamente sua juventude que provocou a reavaliação de posicionamentos e impulsionou atuações indispensáveis ao crescimento da Defensoria Pública como um todo.

Por quê? Porque soube se articular e se colocar nacionalmente como Associação madura, comprometida e com uma enorme força de trabalho em prol da Defensoria e dos Defensores.

Adepar – Qual a sua experiência mais forte, o seu caso mais emblemático durante a sua trajetória como Defensora?

Patrícia Kettermann – Foi ter atuado na primeira adoção homoafetiva do país, no ano de 2003, quando efetivamente não havia qualquer precedente jurisprudencial neste sentido. Foi emblemático porque recebi duas mães cujos filhos haviam sido adotados apenas no nome de uma delas, para tristeza de ambas e violação aos direitos das crianças, inclusive porque a mãe que não constava do registro civil dos filhos, era a que mais tinha condições de prover proteção financeira e securitária aos mesmos.

Adepar – E o que você aprendeu com esse caso?

Patrícia Kettermann – Que o nosso papel na Defensoria é o de sermos instrumento de voz. Precisamos oferecer uma escuta qualificada aos usuários dos nossos serviços, não só no que diz respeito aos seus problemas, mas sobretudo às soluções que eles pretendem para suas vidas. Elas queriam que os filhos fossem “juridicamente” das duas (algo impensável na época). Eu poderia ter fundamentado uma negativa de atuação com muita facilidade jurídica. No entanto, não haveria justiça em um posicionamento como este e fiquei extremamente desconfortável com a situação da família, que em nada diferia da minha própria.

Adepar – Recentemente foram criados na Defensoria do Paraná, com o apoio da Adepar, os núcleos “Cidadania tudo aqui” (sobre Direitos Humanos) e “Itinerante” (sobre moradia e questões fundiárias). A senhora tem uma grande experiência como dirigente do núcleo de Direitos Humanos no Rio Grande do Sul. Qual a força dos núcleos?

Patrícia Kettermann – Os Núcleos de atuação são instâncias estratégicas fundamentais para a efetiva garantia de direitos e para a própria organização institucional neste sentido. Sua atuação permite mapear e responder às demandas com mais força e efetividade porque costumam ser dotados de maior estrutura do que os órgãos de atuação singulares e têm funções institucionais mais abrangentes. Também em função de tais peculiaridades, o acolhimento às pessoas e/ou grupos em situação de vulnerabilidade se faz de maneira diferenciada, sem contar com o aspecto “político” que envolve este tipo de atuação articulada.

Adepar – De que maneira os núcleos contribuem com e para o trabalho dos Defensores?

Patrícia Kettermann –  Dando suporte e subsídios jurídicos e políticos para a atuação dos Defensores, bem como sugerindo e respaldando formas inovadoras de garantir direitos.

Adepar – Para encerrar, a senhora poderia deixar uma mensagem para todos que fazem parte da Adepar e para todos que acreditam no trabalho desenvolvido pelos Defensores.

Patrícia Kettermann – A Adepar tem se mostrado poderosa articuladora política em prol da Defensoria Pública do Paraná, das Defensoras e Defensores deste estado, mas também das questões de âmbito nacional. Foi posta à prova violentamente por inúmeras vezes, em âmbito local e nacional, sem esmorecer em momento algum, ao contrário: mostrou-se sempre mais forte e coesa. Sua forma de atuar, que alia posição aguerrida ao diálogo propositivo e muita persistência, serve de modelo às demais associações nacionais e é indispensável para o crescimento e solidificação não só da Defensoria Pública do Paraná, mas também do Brasil. Não é à toa que sua presidente, a competente, Thaísa Oliveira, foi recentemente eleita como vice-presidente institucional da Anadep. Tenho imenso orgulho de observar o trabalho associativo que vem sendo realizado pela Adepar, que garante a certeza de que a Defensoria Pública efetivamente será aquela desenhada pela EC 80/14, cujo trâmite e aprovação também contaram com o trabalho incansável da associação.

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Anadep elege nova diretoria

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Foto: Anadep

A Adepar (Associação dos Defensores Públicos do Paraná) participou hoje, dia 6 de dezembro, da Assembleia Geral Ordinária promovida pela Anadep (Associação Nacional dos Defensores Públicos) para eleger a nova diretoria da Associação Nacional. O novo presidente da gestão 2017/2019 é o defensor público de São Paulo Antonio Maffezoli, que liderava a chapa única “Resistir para Avançar”.

Antonio foi vice-presidente da Anadep de 2011 a 2013 e ocupou o cargo de diretor acadêmico e legislativo em outras gestões. É Defensor Público interamericano e auxilia as vítimas que não possuem representação perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos.

A eleição aconteceu na sede da Anadep, em Brasília, e reuniu membros de diversas associações estaduais. A presidente da Adepar, Thaísa Oliveira, faz parte da nova gestão como vice-presidente institucional.

Clique aqui e confira os nomes dos membros da nova diretoria da Anadep 

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Foto: Anadep

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Adepar promove encontro de confraternização

Os membros da diretoria da Adepar
Os diretores da Adepar Fabíola Camelo, Paula Raskin, Fernando Redede, Maurício Faria Junior, e a presidente da associação, Thaísa Oliveira

Fim de ano, época de ir desacelerando, recolhendo o que deu certo e armazenando energias para a jornada do ano seguinte. É também tempo de fortalecer os laços com aqueles com quem convivemos, trabalhamos.

Com esse espírito, a Adepar (Associação dos Defensores Públicos do Paraná) promoveu seu jantar de confraternização, reunindo componentes da diretoria da associação, familiares e amigos. O encontro aconteceu na noite de 2 de dezembro, no Quintana Café e Restaurante, em Curitiba. 

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Nem o friozinho de Curitiba, em pleno final de Primavera, desanimou os convidados, que cantaram e dançaram ao som do trio Nó de Bamba e o melhor da MPB.

Para a presidente da Adepar, Thaísa Oliveira, foi um momento especial de desconcentração e alegria: “Reunir os Defensores Públicos do Paraná, em um evento assim, é importante para nos unirmos ainda mais e dar força para seguirmos desenvolvendo ações de valorização da classe”.

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“Depoimento especial de crianças e adolescentes vítimas de violência e o papel da Defensoria Pública” é tema de palestra ministrada por Defensores Públicos do Paraná

Os Defensores Públicos Ana Paula Gamero, Fernando Redede, e a psicóloga Nayanne Freire
Os Defensores Públicos Ana Paula Gamero, Fernando Redede, e a psicóloga Nayanne Freire

Uma professora ficou preocupada com a atitude de um aluno, M* de 4 anos, que ao brincar com seus colegas propôs uma simulação de ato sexual entre dois bonecos. Segundo a professora, ao ser questionada, a criança relatou que os brinquedos eram seus amigos e que toda noite pediam para ela tirar a roupa e dormir, e que mais tarde, ao acordar, a fada mágica a vestiria. A professora achou o relato um pouco confuso mas possivelmente carregado de simbolismos que mereceriam leitura e interpretação.

Este foi um dos exemplos apresentados na palestra “Depoimento especial de crianças e adolescentes vítimas de violência e o papel da Defensoria Pública”, ministrada pelos Defensores Públicos do Paraná Fernando Redede, Ana Paula Gamero, e a psicóloga da DPPR (Defensoria Pública do Paraná) Nayanne Freire.

No encontro, os Defensores e a psicóloga explicaram a proposta da escuta qualificada desenvolvida como mecanismo de compreensão da lógica infantil para coletar, de forma mais completa e verídica, o depoimento de crianças e adolescentes que sofreram algum tipo agressão.

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Os palestrantes, ao relatarem experiências de casos reais, mostravam as peculiaridades da faixa etária de cada criança, a relevância do ambiente em que a testemunha irá contar o ocorrido e a importância de profissionais qualificados e devidamente treinados exercerem o papel de entrevistadores.

O evento foi promovido pela Edepar (Escola da Defensoria Pública do Estado do Paraná), com o apoio da Adepar (Associação dos Defensores Públicos do Paraná), e aconteceu durante a tarde do dia 2 de dezembro, na DPPR.

Em breve o vídeo da palestra estará na Área Restrita do site da Adepar.

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Por dentro da Adepar: entrevista com a diretora Fabíola Parreira Camelo

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A entrevistada de hoje é a diretora de previdência e convênios da Adepar (Associação dos Defensores Públicos do Paraná), Fabíola Parreira Camelo.

Fabíola é natural de Goiás, da cidade de Goiânia, é formada na UFG (Universidade Federal de Goiás) desde 2008 e Defensora Pública a partir de 2013.

Adepar – Conte um pouco sobre a sua trajetória profissional

Fabíola Parreira Camelo – Me formar em direito e só me dedicar aos estudos não era uma opção na época da faculdade, então eu comecei a preparação para concursos públicos. Antes de me graduar, no quarto ano de faculdade, o primeiro cargo público que assumi foi como Escrevente Judiciário do TJGO (Tribunal de Justiça do Estado de Goiás). No TJGO trabalhei fazendo minutas de despachos e decisões, atendendo ao público e secretariando audiências.

Dois anos depois, assumi uma função de confiança no gabinete de um Desembargador, onde aprimorei minha redação e adquiri uma boa experiência na área cível.

Antes de cumprir o estágio probatório, assumi o segundo cargo público como Técnica Judiciária do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Deixei minha família em Goiânia e fui morar sozinha em uma cidadezinha de 38 mil habitantes no interior de Goiás, em que as temperaturas médias eram de aproximadamente 30.C. Foi então que passei a conciliar trabalho, calor e os estudos para o concurso para a Defensoria Pública do Paraná. Foram dois anos de preparação, mais um ano de provas até chegar aqui, e quase sofrer um choque térmico de felicidade e emoção.

Adepar – Quando surgiu o interesse em se tornar Defensora Pública?

Fabíola Parreira Camelo – O estado de Goiás, assim como o Paraná, foi um dos últimos a estruturar a Defensoria Pública. O primeiro concurso público aconteceu no ano de 2010, quando eu já estava formada. Mas, o meu interesse pela Defensoria Pública surgiu antes disso, quando estagiei no Ministério Público de Goiás. A Promotora de Justiça com quem trabalhei demonstrava tanta humanidade na condução dos processos criminais e preocupação em não pedir uma condenação injusta, que me despertou um grande interesse pela defesa dos réus.

Adepar – O que para você significa ser Defensora Pública?

Fabíola Parreira Camelo – Mais que uma profissão, ser Defensora Pública pra mim representar ser um “fio” de esperança: esperança de voz, de solução de conflitos, de injustiças.

Adepar – Quais motivos a levaram a fazer parte da Adepar?

Fabíola Parreira Camelo – Antes mesmo de tomar posse no concurso, eu vivenciei e testemunhei a importância da Associação Nacional de Defensores Públicos na luta pela estruturação e valorização das Defensorias Públicas. Sem o empenho e dedicação da então Presidente da Anadep, Patrícia Ketterman, nossa espera pela nomeação na Defensoria Pública do Paraná seria mais longa e difícil de ser alcançada.

Adepar – Por que a Adepar tem um papel fundamental na promoção e valorização dos Defensores?

Fabíola Parreira Camelo – A Adepar vem se mostrando mais que uma instituição que somente representa os membros da Defensoria Pública. Juntamente a Anadep, nossa Associação ajuizou três ADIs no STF em 2014/2015 buscando reparar violações do Executivo Paranaense à nossa lei orgânica e ao nosso orçamento. Friso que tais medidas foram tomadas em um momento político importantíssimo, em que a Defensoria Pública estava nascendo no Paraná e por isso precisava se afirmar perante a sociedade.

Em Brasília, a Anadep administra as ações com temas constitucionais que para além dos interesses dos membros da Defensoria Pública, representam a instituição como um todo e são essenciais para a destacar nossa missão perante a população.

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Movimento Negro apresenta demandas à Defensoria Pública do Paraná

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A DPPR (Defensoria Pública do Paraná), através do núcleo Cidadania, esteve reunida, na última quarta-feira, dia 23 de novembro, com as lideranças do Movimento Negro do estado.

No encontro foram apresentadas as principais demandas do segmento e traçadas estratégias de atuação da DPPR junto com o Movimento. Segundo a Defensora Pública do Paraná e organizadora da reunião, Camille Vieira da Costa, o primeiro passo é fazer um trabalho de formação com Defensores e servidores sobre racismo e racismo institucional.

Camille ainda destacou a necessidade de um fluxo de atendimento que abrange entidades que atuam em situações de violação de direitos, como, além da Defensoria Pública, o Ministério Público e a sociedade civil.

No dia 15 de dezembro acontecerá uma próxima reunião para definir como será feito o curso de formação para o Defensores Públicos do Paraná.

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