Vamos falar da morte de Marielle Franco, sim
Por Mariela Moni Tozetto, diretoria de relações institucionais e comunicação da Adepar
Quantos e quantas mais terão que morrer até que essa guerra acabe? Hoje, a violência faz de Marielle mais uma vítima, mais um número para as trágicas estatísticas nacionais. Mulher negra, cria da Maré, Defensora dos Direitos Humanos, socióloga, mestra em Administração Pública e vereadora do Rio de Janeiro. Sua luta, sua voz, sua bandeira levantada em prol dos vulneráveis tentou ser calada na noite que se passou. Seu legado inspira pessoas e instituições a se posicionarem contra a violência institucionalizada no país.
A Adepar (Associação dos Defensores Públicos do Paraná) lamenta o ocorrido, se solidariza com familiares e junta-se ao coro que cobra investigação imediata das autoridades competentes. Relembra, também, os rostos invisíveis que todos os dias sofrem com a violência nas suas variadas formas; os sonhos e as lutas que diariamente são ceifadas; as vidas que são abruptamente terminadas. Sejamos unidos, pessoas e instituições, contra as reiteradas violações de direitos que todos, socialmente visíveis e invisíveis, sofrem. O legado de Marielle nos inspira a continuar lutando, não calando.
