
Manter contato com alguém da família nem sempre é fácil para quem está cumprindo pena em regime fechado, mas uma iniciativa idealizada pela Defensoria Pública do Paraná, em Ponta Grossa, está revertendo esta situação e reaproximando as detentas de seus familiares.
Batizado de “O cárcere e a saudade”, o projeto permite que as detentas da cadeia pública Hildebrando de Souza, em grupos de vinte mulheres por vez, possam se comunicar com familiares distantes por meio de cartas, fotos, mensagens e vídeos.
O projeto começou em julho e foi concebido em conjunto pelos Defensores Públicos do Paraná Ana Paula Costa Gamero, Julio Cesar Duailibe Salem Filho, Monia Regina Damião Serafim e Ricardo Milbrath Padoim, pela assessora jurídica Silvia Haas Amaral, pelas assistentes sociais Letícia de França, Evelyn Matioski e Maria Stella Inocenti Orlandini, e pela psicóloga Patrícia Olbermann Duda.
Segundo a psicóloga Patrícia, a reconstrução dos laços afetivos fortalece as detentas porque traz autoconfiança e melhora a autoestima delas. Além disso, o contato com os familiares gera um impacto positivo dentro da própria cadeia, melhorando a relação entre as detentas.
“Para as mulheres, percebeu-se até o momento que é uma forma de tranquilizá-las, pois muitas não sabiam se os familiares estavam bem e até mesmo achavam que haviam sido esquecidas por eles; além disso, é um meio para fortalecê-las para o cumprimento da pena”, conclui Patrícia
Tema de reportagem
“O cárcere e a saudade” foi tema de uma reportagem recente da RPCTV. Clique aqui ou sobre a imagem abaixo para assistir a reportagem.