Prática 1 de 13
Título:
“Aprendizagem de musicalização em ambiente simulado para adolescentes autores de atos infracionais.”
Autores:
Elisabete Arruda (defensora pública do Paraná)
Clodoaldo Porto Filho (psicólogo da Defensoria Pública do Paraná)
A prática “Aprendizagem de musicalização em ambiente simulado para adolescentes autores de atos infracionais” ganhou a primeira colocação no Concurso. Ela foi idealizada pela Defensora pública Elisabete Arruda e pelo psicólogo da Defensoria Clodoaldo Porto Filho, que atuam na sede de Londrina.
“Essa iniciativa foi criada para atender uma lacuna bastante expressiva na socioeducação, que é a inserção dos adolescentes em conflito com a lei no mercado de trabalho. Ela visa a contratação destes adolescentes por empresas parceiras, garantindo vínculo trabalhista pelo período de 18 meses, além de remuneração, vale transporte e vale alimentação enquanto estão ligados ao projeto”, explicou Clodoaldo.
“Durante o tempo de permanência no projeto, os adolescentes aprendem também a tocar instrumentos musicais, o que é uma ferramenta importante que acreditamos ter um potencial de transformação extraordinário para estes jovens. Ao todo, já atendemos 140 adolescentes, mas queremos ampliar este número cada vez mais. Destacamos também o papel fundamental da Guarda Mirim em todo o processo de execução do projeto”, acrescentou o psicólogo.
De acordo com Elisabete, o desenvolvimento do projeto foi feito a partir do levantamento de questões relevantes que envolvem a situação destes adolescentes.
“Quando se fala em adolescentes em conflito com a lei, automaticamente, estamos diante de jovens pobres, da periferia, com poucas oportunidades e na sua maioria negros ou pardos. E como quebrar esse ciclo vicioso de entradas e saídas nos centros socioeducativos até se atingir a maioridade? Como fornecer ferramentas a esses adolescentes para que eles possam de fato ter opção entre traficar ou não, por exemplo? Foi a partir destes e outros questionamentos que entendemos que a atuação deveria ser múltipla”, ressaltou Elisabete.
O I Concurso de Práticas Defensoriais foi promovido pela ADEPAR e pela Assedepar (Associação dos Servidores da Defensoria Pública do Estado do Paraná) e contou com o apoio da Ouvidoria-Geral da Defensoria Pública do Paraná e da EDEPAR (Escola da Defensoria Pública do Paraná).