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Defensoria Pública na Casa da Mulher Brasileira sedia conversa sobre violência contra mulheres negras

A Defensoria Pública do Paraná, representada pelas Defensoras Patrícia Mendes, Camille Vieira da Costa, Andreza Lima de Menezes e Eliana Lopes, que é coordenadora do NUDEM (Núcleo de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher), realizou, na noite de ontem, dia 29 de novembro, uma roda de conversa sobre a violência contra mulheres negras e o papel da instituição.

O evento aconteceu na Casa da Mulher Brasileira, em Curitiba, e deu voz para que mulheres pudessem relatar casos envolvendo violência e expor o que esperam da Defensoria em termos de proteção e garantia de direitos.

“É um passo muito importante ter um espaço para falar da violência contra as mulheres negras, que são as que sofrem mais violência, na área da saúde, na educação e em tantos outros setores. Com certeza, a Defensoria tem um papel extremamente relevante para a defesa dos nossos direitos”, afirmou Alaerte Martins, enfermeira e mestre em saúde pública que teve como tema do seu trabalho a saúde e a mortalidade de mulheres negras.

As Defensoras Públicas do Paraná Camille Vieira da Costa, Eliana Lopes e Patrícia Mendes

Principais demandas e o papel da Defensoria Pública

“O primeiro apontamento das mulheres foi para que a instituição fizesse uma auto-avaliação, olhando para dentro e observando a representatividade da população negra dentro da Defensoria. Outra ponto ressaltado foi a efetivação das políticas de saúde voltadas para a população negra, principalmente, com relação à violência obstétrica”, relatou a Defensora Patrícia Mendes.

“As demandas trazidas pelas mulheres foram essenciais para a reflexão de como a Defensoria Pública pode promover mais ações para efetivação dos direitos da população negra, em especial, das mulheres. Nosso objetivo é que a instituição seja um ambiente preparado para escutar as necessidades de quem vivencia a violência, o preconceito e a falta de acesso à justiça”, complementou a Defensora Eliana Lopes.

A roda de conversa faz parte de uma série de ações realizadas pelo NUDEM para celebrar os 16 dias de ativismo em prol das mulheres e da população negra.

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