A entrevistada de hoje é a diretora de previdência e convênios da Adepar (Associação dos Defensores Públicos do Paraná), Fabíola Parreira Camelo.
Fabíola é natural de Goiás, da cidade de Goiânia, é formada na UFG (Universidade Federal de Goiás) desde 2008 e Defensora Pública a partir de 2013.
Adepar – Conte um pouco sobre a sua trajetória profissional
Fabíola Parreira Camelo – Me formar em direito e só me dedicar aos estudos não era uma opção na época da faculdade, então eu comecei a preparação para concursos públicos. Antes de me graduar, no quarto ano de faculdade, o primeiro cargo público que assumi foi como Escrevente Judiciário do TJGO (Tribunal de Justiça do Estado de Goiás). No TJGO trabalhei fazendo minutas de despachos e decisões, atendendo ao público e secretariando audiências.
Dois anos depois, assumi uma função de confiança no gabinete de um Desembargador, onde aprimorei minha redação e adquiri uma boa experiência na área cível.
Antes de cumprir o estágio probatório, assumi o segundo cargo público como Técnica Judiciária do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Deixei minha família em Goiânia e fui morar sozinha em uma cidadezinha de 38 mil habitantes no interior de Goiás, em que as temperaturas médias eram de aproximadamente 30.C. Foi então que passei a conciliar trabalho, calor e os estudos para o concurso para a Defensoria Pública do Paraná. Foram dois anos de preparação, mais um ano de provas até chegar aqui, e quase sofrer um choque térmico de felicidade e emoção.
Adepar – Quando surgiu o interesse em se tornar Defensora Pública?
Fabíola Parreira Camelo – O estado de Goiás, assim como o Paraná, foi um dos últimos a estruturar a Defensoria Pública. O primeiro concurso público aconteceu no ano de 2010, quando eu já estava formada. Mas, o meu interesse pela Defensoria Pública surgiu antes disso, quando estagiei no Ministério Público de Goiás. A Promotora de Justiça com quem trabalhei demonstrava tanta humanidade na condução dos processos criminais e preocupação em não pedir uma condenação injusta, que me despertou um grande interesse pela defesa dos réus.
Adepar – O que para você significa ser Defensora Pública?
Fabíola Parreira Camelo – Mais que uma profissão, ser Defensora Pública pra mim representar ser um “fio” de esperança: esperança de voz, de solução de conflitos, de injustiças.
Adepar – Quais motivos a levaram a fazer parte da Adepar?
Fabíola Parreira Camelo – Antes mesmo de tomar posse no concurso, eu vivenciei e testemunhei a importância da Associação Nacional de Defensores Públicos na luta pela estruturação e valorização das Defensorias Públicas. Sem o empenho e dedicação da então Presidente da Anadep, Patrícia Ketterman, nossa espera pela nomeação na Defensoria Pública do Paraná seria mais longa e difícil de ser alcançada.
Adepar – Por que a Adepar tem um papel fundamental na promoção e valorização dos Defensores?
Fabíola Parreira Camelo – A Adepar vem se mostrando mais que uma instituição que somente representa os membros da Defensoria Pública. Juntamente a Anadep, nossa Associação ajuizou três ADIs no STF em 2014/2015 buscando reparar violações do Executivo Paranaense à nossa lei orgânica e ao nosso orçamento. Friso que tais medidas foram tomadas em um momento político importantíssimo, em que a Defensoria Pública estava nascendo no Paraná e por isso precisava se afirmar perante a sociedade.
Em Brasília, a Anadep administra as ações com temas constitucionais que para além dos interesses dos membros da Defensoria Pública, representam a instituição como um todo e são essenciais para a destacar nossa missão perante a população.