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Defensores participam de audiência pública sobre pesquisa que revela dados de violência contra estudantes LGBT

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Uma pesquisa realizada, no Brasil, com 1.016 estudantes LGBT de 13 a 21 anos aponta que 68% deles já foram agredidos verbalmente dentro da escola e 25% já sofreram algum tipo de agressão física dentro do ambiente escolar. O estudo foi realizado entre dezembro de 2015 e março de 2016 em parceria entre a ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), o Grupo Dignidade e outras entidades.

Os resultados e as principais conclusões da pesquisa, chamada de “O Ambiente Educacional no Brasil: as experiências de estudantes LGBT”, foram apresentados hoje, dia 10 de agosto, durante uma audiência pública promovida na Alep (Assembleia Legislativa do Paraná).

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A presidente da Adepar, Thaísa Oliveira, o Defensor Público do Paraná Guilherme Daquer e o Subdefensor Público-Geral da Defensoria Pública do Paraná, Dezidério Lima

O Defensor Público do Paraná Guilherme Daquer participou da mesa de honra do evento como convidado. Também estavam lá a presidente da Adepar (Associação dos Defensores Públicos do Paraná), Thaísa Oliveira, e o Subdefensor Público-Geral da Defensoria Pública do Paraná, Dezidério Lima.

O objetivo da pesquisa, que deve ser realizada a cada dois anos, é fundamentar políticas públicas que transformem o ambiente educacional. Além do Brasil, a pesquisa foi realizada na Argentina, no Chile, na Colômbia, no Peru e no Uruguai.

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O Defensor Público do Paraná Guilherme Daquer. Foto: Pedro de Oliveira/Alep

Segundo o Defensor Guilherme, de modo geral, apesar de preocupantes, os resultados não chegam muito a surpreender.

“A intolerância nas escolas é, basicamente, o reflexo de uma sociedade em que pessoas LGBTI são basicamente invisíveis. Uma educação heteronormativa tende a deslocar para a marginalidade qualquer um que não se amolde àquele padrão, o que resulta numa absoluta falta de empatia com quem não integre a maioria heterossexual cis”, pontua Guilherme.

“A Defensoria Pública pode auxiliar nesse tema através de exposições em estabelecimentos de ensino, como é o caso do projeto “Papo Legal” da Adepar. De todo modo, a meu ver, é imprescindível a inserção da diversidade na própria grade de ensino, para que haja profissionais capacitados na área e que possam abordar o tema de forma contínua”, conclui.

Para visualizar a pesquisa, clique aqui.

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